11668 - Quintais florestais tradicionais: estudo de caso na comunidade geraizeira de Vereda Funda em Rio Pardo de Minas-MG

Autores

  • Nilza Lima Sales UFMG
  • Wallyson Aguinelo Rodrigues UFMG
  • Aldenir Teixeira Gama UFMG
  • Ricardo Tuller Mendes UFM
  • Letícia Renata Carvalho UFMG

Palavras-chave:

Agroecossistemas, Chácaras de café, Sistemas Agroflorestais

Resumo

Na década de 70 a comunidade geraizeira de Vereda Funda foi afetada pelas empresas de reflorestamento, perdendo seu território para o monocultivo de eucalipto. A partir de 2003, sem a renovação dos contratos de concessões com as empresas, agricultores desta comunidade retomaram seu território através da ocupação das terras que eram exploradas pelas empresas. Uma das práticas utilizadas são os sistemas agroflorestais associados aos cafezais, apresentando como alternativa viável a esses agricultores por garantir a segurança alimentar e geração de renda com a prática de algumas técnicas de manejo como uso de biofertilizantes, de composto orgânico, de caldas naturais e poda. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de caso em três chácaras de café na comunidade de Vereda Funda. Para a execução do trabalho de campo, utilizaram-se como ferramentas as técnicas do diagnóstico rápido participativo, sendo abordadas questões sobre espécies agrícolas e espécies florestais presentes nos sistemas, renda familiar e destino da produção agrícola nas áreas estudadas, manejo aplicado às chácaras de café e uma avaliação indicativa do nível de controle do bicho mineiro (Perileucoptera coffeella) nos cafeeiros. Observou-se nas três áreas estudadas uma riqueza total de 17 espécies vegetais (agrícolas e florestais), pertencentes a 12 famílias botânicas. 7 espécies foram comuns às três áreas, 5 espécies foram observadas apenas na área 3 e duas espécies foram exclusivas da área 2. A diversidade de Simpson (IS) foi semelhante entre área 2 e área 3 (IS= 0,75) e inferior na área 1 (IS= 0,55). A amostragem indicativa para verificar o nível de controle do bicho mineiro mostrou que em apenas uma das áreas estudadas a infestação dessa praga atingiu o nível de controle, sendo necessário adotar técnicas de intervenção.

Biografia do Autor

  • Nilza Lima Sales, UFMG
    Instituto de Ciências Agrárias Silvicultura/Patologia Florestal
  • Aldenir Teixeira Gama, UFMG
    Mestranda em Ciências Agrárias
  • Ricardo Tuller Mendes, UFM
    Acadêmico Engenharia Florestal
  • Letícia Renata Carvalho, UFMG
    Instituto de Ciências Agrárias

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Publicado

2013-07-22

Edição

Seção

VII CBA - 1. Conhecimento, tecnologias sustentáveis e políticas públicas