Caracterização dos participantes das Hortas Comunitárias de Sarandi–PR e os desafios para a ATER

Autores

  • Ligia Mara Jung UEM

Palavras-chave:

Urbana e Periurbana, Escolaridade, Hortas Comunitárias

Resumo

A Agricultura Urbana e Periurbana na cidade de Sarandi-PR é desenvolvida, principalmente nas Hortas Comunitárias, e estas apresentam considerável importância para as comunidades que vivem no entorno delas, trazendo benefícios tais como: maior diversidade de alimentos, especialmente de verduras e legumes na mesa dos produtores, garantia de segurança alimentar e nutricional da família, os excedentes da produção que são comercializados geram renda extra, maior convívio social dos participantes, a movimentação realizada na horta durante as práticas de plantio, irrigação, manejo e colheita influencia na melhoria na saúde das pessoas pelo exercício praticado, mudança do visual da cidade, pois muitas vezes as áreas aproveitadas com as hortas comunitárias são terrenos ociosos, como no caso das áreas sob as linhas de transmissão de energia elétrica, onde muitas vezes são usados como lixões a céu aberto causando uma poluição visual e servindo como criadores de insetos e animais que podem ser transmissores de doenças. Neste contexto, Sarandi, segundo o senso do IBGE (2010) possui 82.842 habitantes e no último Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), obteve o valor de 0,695, o menor valor da região da AMUSEP (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense). Um dos principais motivos que causou o baixo IDH foi o item escolaridade aonde apenas 60% dos jovens do município chegam a concluir o ensino fundamental e, quando o estudo considera os adultos, esta porcentagem não chega a 50%, mostrando como é precário este item no município. A partir destes dados e com o objetivo de melhorar a assistência técnica e extensão rurbana (ATER), prestada pela equipe do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Periurbana – CERAUP, junto à população participante das hortas, efetuou-se um levantamento de dados, por meio de questionários. Na avaliação destes, percebeu-se que a realidade encontrada era diferente da pesquisada pelo IBGE, pois o público que participa do programa de Hortas Comunitárias, notadamente nos itens idade e escolaridade dos produtores, ficou abaixo da média nacional, mostrando-se os cuidados e os desafios que devem ser observados ao se trabalhar com essas populações.

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Publicado

2014-06-21

Edição

Seção

I Congresso Paranaense de Agroecologia - Trabalhos

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