Danos de Diabrotica speciosa Germar (Coleoptera: Chrysomelidae) em Cultivares de Batata (Solanum tuberosum L.) sob Cultivo Orgânico
Palavras-chave:
Larva-alfinete, pragas da batata, pragas de soloResumo
Populações de Diabrotica speciosa são frequentes em cultivos de batata, uma vez que os tubérculos dessa solanácea servem de alimento para as larvas, que formam orifícios e galerias internas, causando a depreciação do produto comercial. Em cultivos orgânicos, o plantio de cultivares resistentes é uma das alternativas mais promissoras para o manejo de D. speciosa, podendo restringir o número de insetos nas áreas e reduzir a demanda por outros métodos de manejo. No presente trabalho, objetivou-se avaliar os danos causados por larvas de D. speciosa em tubérculos de nove cultivares de batata recomendadas para o sistema orgânico. O experimento foi realizado na estação experimental do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em Guarapuava-PR, sendo avaliadas as cultivares Ágata, Ana, Baronesa, Bel, Bintje, Catucha, Clara, Cristal e Eliza. Na área de estudos, mantida sob cultivo orgânico, as cultivares foram dispostas em três blocos ao acaso, totalizando 27 parcelas. Os danos de larvas de D. speciosa foram avaliados 107 dias após o plantio, quando as plantas foram colhidas e 10 tubérculos foram obtidos aleatoriamente para a quantificação dos orifícios e das galerias. O número de orifícios foi avaliado contando-se as perfurações ocasionadas por larvas na superfície externa dos tubérculos. Por sua vez, as galerias foram avaliadas cortando-se os tubérculos e verificando-se o número e o comprimento de galerias internas, sendo atribuídas notas de 0-10 considerando-se a porcentagem de galerias na massa total do tubérculo. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,005) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). O número de orifícios e os danos internos variaram entre as cultivares. O menor número de orifícios foi verificado nas cultivares Ágata e Bintje, o que culminou também na baixa frequência de galerias internas. Por sua vez, o menor percentual de dano interno foi observado na cultivar Catucha e nas cultivares Bel e Cristal, que embora tenham apresentado um número elevado de orifícios externos, estes não originaram galerias internas significativas. A propensão das larvas em se alimentar dos tubérculos pode estar associada a idade dos indivíduos, como também a resistência da casca e da polpa do mesmo. Em estudos adicionais, a serem realizados no segundo ano de cultivo, pretende-se relacionar o número de orifícios a frequência de galerias, bem como identificar os fatores da planta que possam estar associados aos danos ocasionados pelas larvas. No presente estudo, as cultivares Agata e Catucha são as cultivares com menor número de orifícios e menor número de danos internos em relação às outras demais cultivares avaliadas.Downloads
Publicado
2014-06-21
Edição
Seção
I Congresso Paranaense de Agroecologia - Trabalhos