A cultura, os saberes e a tradição no arranjo da economia solidária ambiental

Autores

  • Regina Coelly Fernandes Saraiva Universidade de Brasília - UnB
  • Tânia Cristina da Silva Cruz Universidade de Brasília - UnB

Palavras-chave:

Cultura tradicional, Cerrado, sustentabilidade, Chapada dos Veadeiros.

Resumo

O artigo tem como objetivo fazer uma breve reflexão sobre a importância da cultura, dos saberes e da tradição no arranjo da economia solidária ambiental. Tomamos como referência de análise o trabalho de extensão desenvolvido na Chapada dos Veadeiros, Goiás, com comunidades tradicionais da região, que têm em suas práticas produtivas forte vivência com o Cerrado, bioma predominante onde vivem. A sabedoria dessas comunidades revela que a riqueza e a diversidade do que plantam e produzem depende do Cerrado em pé e preservado. A natureza do bioma Cerrado ao ser transformada por essas comunidades em produtos (“bens da natureza”) requer o manejo adequado (da flora, da fauna, das águas) como condição necessária para a manutenção de suas atividades produtivas, para a geração de renda, para a própria vida. Elas reconhecem que a biodiversidade do Cerrado é uma riqueza que não pode ser perdida ou esfacelada e tem que está integrada ao modo de viver sustentável.

Biografia do Autor

  • Regina Coelly Fernandes Saraiva, Universidade de Brasília - UnB
    Doutora em Desenvolvimento Sustentável; Professora Adjunta da Universidade de Brasília, atuando nos cursos de Gestão Ambiental e Licenciatura em Educação do Campo; e no programa de Mestrado Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural (FUP/UnB). Conselheira do Centro UnB Cerrado.
  • Tânia Cristina da Silva Cruz, Universidade de Brasília - UnB
    Licenciada em Ciências Sociais e bacharela em Sociologia pela Universidade de Brasília - UnB (1998). Entre 1995 e 1998, foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET/CAPES). Também pela UnB, desenvolveu seu mestrado em Sociologia Política e do Trabalho (2001) e concluiu sua pesquisa de doutorado na área de Sociologia do Trabalho (2006), com a tese: Qual o teu trabalho, mulher? Mulheres empreendedoras no contexto da Economia Popular Solidária; Entre junho de 2002 a junho de 2009 foi professora dos cursos de Pós-graduação Lato Sensu do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e coordenou a Unidade de Apoio à Monografia. Desde agosto de 2009 é Professora Adjunto da Universidade de Brasília, Campus Planaltina (UnB/FUP), atuando no Curso de Gestão Ambiental. Tem experiência nas áreas de: 1) Sociologia do Trabalho com ênfase em Gênero e Economia Solidária e as recentes Transformações do Mundo do Trabalho; 2) Pesquisa Social e Desenvolvimento de Metodologias de Pesquisa Quantitativa e Qualitativa; 3) Planejamento e Gestão Estratégicos. Desde de outubro de 2009 é professora associada do Centro de Estudos Avançados da Chapada dos Veadeiros (CENTRO UNB CERRADO) e atualmente é coordenadora da extensão deste núcleo. Em março de 2012 iniciou as atividades do LAPCIS (Laboratório de Pesquisa em Ciências Sociais, Métodos Qualitativos e Mobilização Social) em parceria de pesquisa e extensão com o CENTRO UNB CERRADO e a INCUBADORA DE TECNOLOGIA SOCIAL/FUP Em agosto de 2012 ingressou como professora no MADER (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável) atuando nas linhas de pesquisa em Desenvolvimento Rural Sustentável e Sociobiodiversidade; Educação e políticas Públicas para o meio ambiente e campo.

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Publicado

2014-12-09