Uso da terra e aptidão agrícola: indicadores de degradação de solos no semiárido paraibano

Autores

  • Ewerton da Silva Barbosa Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias
  • Ailson de Lima Marques Universidade Federal de Campina Grande
  • Ana Raquel Dionísio Ramos LAEG/UAG/CH/ Universidade Federal de Campina Grande

Palavras-chave:

solos, geotecnologias, problemática, comunidades.

Resumo

A degradação de solos no semiárido brasileiro vem ocorrendo desde os primórdios da ocupação territorial. Hoje o semiárido paraibano possui o maior percentual de áreas com nível grave de degradação, o que afeta mais de um milhão de paraibanos, além de atividades agrícolas e comerciais. Nesse contexto, a convivência e implementação de sistemas agrícolas sustentáveis e eficientes, como os agroecossistemas, suscita o entendimento das características ambientais próprias àquele meio. Diante disso, com uso de Geotecnologias essa pesquisa pretende identificar e espacializar o uso da terra, a aptidão agrícola e discutir degradação de solos por efeitos do processo de desertificação no semiárido paraibano, utilizando dados do Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB). Dentro de um contexto em que características bioclimáticas e atividades antrópicas itinerantes propiciam à degradação dos solos pelos efeitos do processo de desertificação, a espacialização das aptidões agrícolas mostraram que, em sua quase unanimidade, os solos do semiárido paraibano, não deveriam estar sendo utilizados de forma não planejada, como tem acontecido, uma vez que essa problemática é um indicador socioambiental que há uma alteração na dinâmica dos ecossistemas, repercutindo no potencial de uso e extração dos recursos naturais. Nesse quadro é incumbida à ciência e as políticas públicas, criarem mecanismo de convivência com o semiárido e mitigação dos efeitos da seca a médio e longo prazo reorientado as comunidades ali inseridas.

Referências

BARBOSA, M. P., PEREIRA, D. D., ARAUJO, A. E. Programa de ação estadual de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca – Termo de Referência, UFCG, Campina Grande, 20p, 2005.

ACCIOLY, L. J. O.; OLIVEIRA, M. A. J. Indicadores de processos de desertificação. In: Romeiro, A. R. (Ed.). Avaliação e Contabilização de Impactos Ambientais. Campinas: Editora Unicamp, 2004. p. 123-141

CENSO DO SEMIÁRIDO 2012 (INSA). Disponível em <http://www.insa.gov.br/censosab/publicacao/sinopse.pd>. Acesso em 22 de jan. 2015.

MALVEZZI, Roberto. Semi-Árido: uma visão holística. Brasília: confea, 2007. 140p.

PEREIRA, L. C. Aptidão agrícola das terras e sensibilidade ambiental: proposta metodológica. 122p. Tese (Doutorado em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável) – Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, 2002.

RAMALHO FILHO, A.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3a. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa - CNPS, 1994. 65p

SOUZA, B. I. Cariri paraibano: do silêncio do lugar à desertificação. 198 p. Tese (Doutorado em Geografia) - UFRGS, Porto Alegre, 2008.

TRAVASSOS, I. S. & SOUZA, B. I. Desmatamento e Desertificação no Cariri Paraibano. Revista Brasileira de Geografia Física. V.07, p. 1-14, 2014.

Downloads

Publicado

2015-09-11

Edição

Seção

XV Encontro Regional de Agroecologia - Bananeiras-PB - 30/4 a 03/5 de 2015