Crescimento inicial e potencial hídrico das folhas de Schinus terebinthifolius Raddi após períodos de alagamento

Autores

  • Felipe Ceccon UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
  • Silvana Quintao de Paula Scalon UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
  • Thais Cremon UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
  • Derek Jardin Rosa Júnior UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
  • Gustavo Felipe Rocha UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
  • Luciano Rezende UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

Palavras-chave:

estresse hídrico, cerrado, produção de mudas

Resumo

Objetivou-se avaliar o crescimento inicial e o potencial hídrico das folhas de Schinus terebinthifolius Raddi após períodos de alagamento. As mudas foram feitas em tubetes 50 x 190 mm com substrato constituído por volumes iguais, de Bioplant®, areia e latossolo vermelho distroférrico e mantidas sob sombreamento de 40% sob irrigação diária, mantendo a capacidade de retenção de água de 70%. A cada 30 dias durante um ano foram avaliados: número de folhas, comprimento médio de parte aérea e da raiz, diâmetro do colo, índice de clorofila, comprimento de raiz, área foliar e potencial hídrico das folhas. O experimento foi realizado em delineamento de blocos casualizados em parcelas subdivididas onde as parcelas foram representadas pelos períodos de pré-alagamento alagamento e as subparcelas, os períodos de recuperação, com quatro repetições de 10 plantas. Os dados coletados foram submetidos à análise da variância pelo teste F a 5% de probabilidade com o auxílio do programa estatístico SISVAR. Os valores de crescimento de parte aérea (CPA) não foram significativos. O teor de clorofila na folha diminuiu após a retirada do alagamento. O potencial hídrico diminuiu após o alagamento, e não se recuperou durante os período avaliado. As plantas controle tenderam a diminuir o número de folhas com o tempo. As plantas tenderam a perder área foliar após a retirada do alagamento, mas passaram a recuperar área, a partir do terceiro mês de recuperação. A espécie Schinus terebinthifolius Raddi, é tolerante a até 4 meses de alagamento.

Referências

BATISTA, C.U.N.; MEDRI, M.E.; BIANCHINI, E.; MEDRI, C.; PIMENTA, J.A. Tolerância à Inundação de Cecropia pachystachya Trec. (Cecropiaceae): Aspectos Ecofisiológicos e Morfoanatômicos. Acta Botanica Brasilica,v. 22, p. 91-98,2008.

BOTTEGA, E. L.; QUEIROZ, D. M.; FRANCISCO DE ASSIS DE CARVALHO PINTO, F. A. C.; SOUZA, C. M. A. Variabilidade espacial de atributos do solo em sistema de semeadura direta com rotação de culturas no cerrado brasileiro. Revista De Ciências Agronomicas, v. 44, n. 1, p. 1-9, jan-mar, 2013.

ELSE, M.A.; COUPLAND D.; DUTTON L. e JACKSON M.B. Decreased root hydraulic conductivity reduces leaf water potential, initiates stomatal closure and slows leaf expansion in flooded plants of castor oil (Ricinus communis) despite diminished delivery of ABA from the roots to shoots in xylem sap. Plantphysiology, v. 111, p. 46-54,2001.

FERREIRA, D. F. Programa de análises estatísticas (Statistical Analysis Software) e planejamento de Experimentos– SISVAR 5.3. Lavras: UFLA, 2010.

FOYER, C.H.; NOCTOR, G.; Redox sensing and signal in gas sociated with reactive oxygen in chloroplasts, Peroxisomesand mitochondria. Physiologia Plantarum, v. 119: 355-364. 2003.

GINDABA, J.; ROSANOV, A.; NEGASH, L. Response of seedlings of two Eucalyptus and three deciduous tree species from Ethiopia to severe water stress. Forest Ecologyand Management, v. 201, p. 119–129, 2004.

GRANDIS, A.; GODOI, S.; BUCKERIDGE, M.S. Respostas fisiológicas de plantas amazônicas de regiões alagadas às mudanças climáticas globais. Brazilian Journal of Botany, v. 33, n. 1, p. 1-12, 2010.

GRISI, F. A. Aspectos fisiológicos de aroeira (Shinus terebinthifolius Raddi), sob níveis distintos de saturação hídrica em ambiente protegido, e área ciliar em processo de recuperação. Universidade Federal do Paraná. CDD 631.64. 126 f. 2010.

HABERMANN, G.; ELLSWORTH, P. F. V.; CAZOTO, J. L.; SIMÃO, E.; BIERAS A. C. Comparative gas exchange performance during the wet season of three Brazilian Styrax species under habitat conditions of Cerrado vegetation types differing in soil water availability and crown density. Flora, v.206, p.351-359, 2011.

KISSMANN, C.; TOZZI, H. H.; MARTINS, S.; HABERMANN, G. Germination performance of congeneric Styrax species from the Cerrado to areas and their distribution pattern in diferente physiognomies. Flora, v. 207, p. 673-681, 2012.

KLEIN, V. A. Física do solo. Ed. Universidade de Passo Fundo. 3o edição, 2014.

LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: Rima, 2004. 531p.

MORAIS, W. W. C.; SUSIN, F.; VIVIAN, M. A.; ARAÚJO, M. M. Influência da irrigação no crescimento de mudas de Schinus terebinthifolius. Brazilian Journal of Forest Research. jan-mar, Vol. 32 Issue 69, p1-6. 6p. 2012

NOGUEIRA, R. J. M. C. et al. Curso diário do potencial hídrico foliar em cinco espécies da caatinga. Revista Ecossistema. v.23, n.1, p.73-77, 1998b.

NOGUEIRA, R. J. M. C.; SILVA, E. C. Comportamento estomático em plantas jovens de Schinopsis brasiliensis Engl. cultivadas sob estresse hídrico. Iheringia, Serie Botânica, v.57, n.1, p.31-38, 2002.

ROGGE G. D.; PIMENTA J. A.; BIANCHINI E.; MEDRI M. E.; COLLI S.; ALVES L. M. T.. Metabolismo respiratório de raízes de espécies arbóreas tropicais submetidas à inundação. Revista brasileira de Botanica. vol. 21 n. 2 São Paulo Aug. 1998.

ROJAS, E. P.; SIQUEIRA, J. O.; SANTOS, J. G. D. Compatibilidade simbiótica de fungos micorrízicos arbusculares com espécies arbóreas tropicais. Rev. Bras. Ciênc. Solo. V.30. N.3. A. 2006.

SANTANA, J. S.; SARTORELLI, P.; LAGO, J. H. G. Isolamento e avaliação do potencial citotóxico de derivados fenólicos de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae). Quim. Nova, Vol. 35, No. 11, 2245-2248, 2012.

SOUZA, C.C.; OLIVEIRA, F. A.; SILVA, I. F.; AMORIM NETO, M. S. Avaliação de métodos de determinação de água disponível e manejo da irrigação em terra roxa sob cultivo de algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.4, n.3, p.338-342, 2000.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013. 954 p.

Downloads

Publicado

2016-12-15

Edição

Seção

Agroecol 2016 - Outros Temas