CARBONO ORGÂNICO, pH E DENSIDADE EM LATOSSOLO APÓS TRÊS APLICAÇÕES DE LODOS DE ESGOTO E TRÊS CULTIVOS DE MILHO

Autores

  • Rita Carla Boeira

Resumo

A aplicação de lodo de esgoto a solos agrícolas visa minimizar a poluição ambiental e melhorar a qualidade do solo; assim, não devem ser fonte de poluentes potenciais - patógenos e substâncias orgânicas e inorgânicas tóxicas. Embora possuam um teor elevado de carbono orgânico (de 23 a 37% nos lodos aqui utilizados), após sua aplicação no solo há um expressivo consumo de matéria orgânica, e os elevados teores de carbono originais já presentes no solo tornam as pequenas variações nos estoques de carbono lentas e difíceis de quantificar em curto prazo. Assim, Martins (2001) não observou efeitos de lodo nos teores de matéria orgânica do solo, após quatro anos. Ros (1993) e Melo (1994) observaram aumento do teor de carbono, mas com curto tempo de residência no solo. Oliveira et al. (2002) mostraram que duas aplicações sucessivas de lodo de esgoto promoveram aumentos imediatos nos teores de C orgânico, devidos às elevadas doses utilizadas (33, 66 e 99 Mg ha-1 de lodo de Barueri), com decréscimo do elemento no decorrer de dois anos agrícolas. Cegarra (1983) também cita aumentos de carbono com aplicações de doses elevadas, na ordem de 90 Mg ha-1. Doses elevadas de lodo de esgoto, no entanto, disponibilizam nitrogênio no solo em quantidades muito superiores às necessidades de uma cultura, tornando-se fonte potencial de contaminação ambiental pelo elemento. O objetivo deste trabalho é apresentar resultados obtidos na avaliação em campo quanto ao acúmulo de C e efeitos no pH e na densidade do solo de três aplicações de dois tipos de lodos de esgoto em doses crescentes, após três cultivos de milho em Latossolo. PALAVRAS-CHAVE - reciclagem agrícola, acidificação do solo, estoque de carbono.

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Publicado

2007-05-01

Edição

Seção

Resumos dos Congressos Brasileiros de Agroecologia