Entre margens e ancestralidades: o processo de construção coletiva do Curso Técnico de Agroecologia do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, campus Restinga
Palavras-chave:
multiplicidades, redes solidárias, políticas públicas, territórioResumo
O presente trabalho relata o processo de implantação do curso técnico de Agroecologia, modalidade PROEJA no Instituto Federal da Restinga, bairro periférico situado no Extremo Sul da cidade de Porto Alegre/RS. Tal processo foi marcado por conflitos institucionais, superados através da intensa mobilização da população residente no território, cuja urbanização foi marcada por ações estatais de gentrificação. Experiências dolorosas de luta pela própria sobrevivência terminaram por serem ressignificadas através do desenvolvimento de estratégias de articulação e resistência por parte desta população, que conta com parcerias institucionais para a projeção de sonhos e desejos de futuro para a própria comunidade, ao mesmo tempo em que extraem das lembranças do passado a fonte de sua percepção. Neste sentido, o curso de Agroecologia se apresenta como mobilizador e potencializador deste movimento de transformação em defesa da vida, da diversidade e do pertencimento a terra e suas comunidades.