EXTENSÃO RURAL: APROXIMAÇÕES ENTRE AGROECOLOGIA E ECOLOGIA POLÍTICA
Resumo
Atualmente os programas de extensão rural no Brasil vivenciam uma crise. Isto porque o paradigma que fundamentou as ações extensionistas até o presente momento já não se mantém, seja pela insustentabilidade do conceito de meio rural formulado ao longo dos anos 1960, seja pelo esgotamento do modelo tradicional de modernização do campo bem como pela presença marcante de ONGs que defendem uma revisão da extensão rural pública brasileira. Tal situação demonstra que o paradigma conhecido como difusionista, que dominou os preceitos da agricultura brasileira até os dias de hoje não é capaz de oferecer soluções para resolver os problemas apresentados no campo. O visível sinal de fracasso pode ser tomado como prelúdio para a busca de novas alternativas. Desta forma, no campo dos novos rumos a serem tomados, duas importantes perspectivas teórico-metodológicas de intervenção se estabelecem como alternativas ao paradigma extensionista hegemônico: a corrente ecotecnocrática e a corrente ecossocial. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é o de levantar uma breve reflexão acerca dos paradigmas acima descritos, contrastando as interpretações de três autores principais, que são Sánchez de Puerta, Caporal e Costabeber. E, posteriormente, abordar a partir das reflexões de Alimonda, Alier e Escobar, o papel da agroecologia como ação contestadora da dominação, exprimida pelas práticas inseridas na agricultura e a importância da ecologia política neste processo.Downloads
Publicado
2007-09-28
Edição
Seção
Resumos do V CBA - Sociedade e Natureza