Pastoreio em cana-de-açúcar (Saccharum officinarum): Uma alternativa à flutuação estacional no assentamento Canudos, em Palmeiras de Goiás

Autores

  • André Luis Rodrigues da Silveira Msc em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC
  • Luis Carlos Pinheiro Machado Filho

Palavras-chave:

pequena agricultura, produtividade, assentamento, tecnologia, forrageiro, cerrado

Resumo

O estado de Goiás se destaca por ser uma grande bacia leiteira, ao longo das últimas décadas tem melhorado o padrão genético de seu rebanho, investindo em tecnologias para aumentar a produção e produtividade. Porém, estas tecnologias ainda são inacessíveis ao pequeno produtor que se mantém na atividade à custa de manejos convencionais e animais com baixo padrão genético, fatores estes que resultam em uma baixa média de produção leiteira por animal. Este cenário se agrava ainda mais quando nos defrontamos com diferenciações climáticas peculiares da região do Cerrado, na seca a produção de leite cai e os animais perdem peso, com isso, a remuneração ao produtor diminui, ou até cessa. As opções oferecidas para alimentação do rebanho neste período são caras e inviabilizam a atividade tendo em vista os baixos preços pagos ao produtor. A opção alternativa seria baixar os custos de produção com tecnologias viáveis à pequena agricultura. A cana-de-açúcar surge como uma cultura que expressa seu potencial forrageiro justamente nesse período. O pastoreio direto é uma forma de diminuir gastos com a desintegração da cana para fornecimento aos animais: utilizam-se variedades mais macias e orienta-se o pastoreio da cana através de uma cerca elétrica. Esta experiência vem sendo testada por um agricultor do assentamento Canudos, em Palmeiras de Goiás, e vem apresentando resultados positivos.

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Publicado

2013-10-07