Estratégias produtivas no assentamento Encruzilhada Natalino Fase IV - "Fazenda Annoni" - um estudo de caso.

Autores

  • Anahi A. Baez Msc em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC
  • Luis Carlos Pinheiro Machado Filho Engenheiro Agrônomo, Professor Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina
  • Giuliano Lumina LECERA, Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

produção de alimento, assentamentos, MST

Resumo

Este estudo foi realizado no Assentamento Encruzilhada Natalino fase IV – Fazenda Annoni, município de Pontão, Rio Grande do Sul. O objetivo geral foi examinar a trajetória das estratégias produtivas desse assentamento, comparativamente às políticas de produção do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra nos últimos cinco anos. Os objetivos específicos foram levantar as políticas de produção do MST; levantar dados de produção atuais do extrato selecionado e comparar com os dados de produção dos últimos cinco anos; avaliar possíveis avanços na direção das políticas nacionais e as razões da não adesão às mesmas. Na metodologia foi utilizado questionários semiestruturados de caracterização socioeconômicas das famílias, produção e questionamentos a respeito das possíveis mudanças produtivas durante os últimos cinco anos. Considerando o valor agregado líquido de cada propriedade, todas as famílias conseguiram garantir um salário mínimo mensal para cada pessoa que trabalha na propriedade. Tendo em conta dívidas em investimentos na atividade agrícola, só 30 % das famílias conseguiram viabilizar-se. A atividade leiteira garante renda mensal à família, com maior retorno por hectare e por mês. Percebeu-se adesão das famílias às políticas de produção do MST, com respeito a produzir alimentos sadios e livres de agrotóxicos e livres de transgênicos na produção para o consumo da família, a diversificação da produção, a ter uma renda mensal, na cooperação através da cooperativa dos assentados ligada à agroindústria e outras associações. As possíveis razões da não adesão às políticas do MST, a frustração das famílias pela falta de valorização e diferenciação do produto orgânico do convencional ou transgênico, a falta de mão de obra, falta de alternativas que sejam o contraponto à produção convencional.

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Publicado

2013-10-07