Desafios e motivações da transição agroecológica do cultivo de tabaco: a experiência do Cepagro em Santa Catarina
Resumo
Envolvendo 47 mil famílias de agricultores só em Santa Catarina, a produção de tabaco apresenta-se como uma atividade extremamente desgastante para trabalhadores e trabalhadoras e negativamente impactante no meio ambiente. Neste trabalho apresentaremos algumas das motivações dos agricultores que desejam empreender a diversificação produtiva como alternativa à fumicultura e os desafios que eles reconhecem nesta trajetória. O ponto de partida serão os dados levantados junto a famílias de fumicultores dos municípios catarinenses de Nova Trento e Major Gercino que participam de um projeto de diversificação agroecológica na fumicultura que a ONG Cepagro, de Florianópolis, desenvolve na região desde julho de 2014. Os cuidados com a saúde e a diminuição da dependência em relação às fumageiras despontam como principais motivações, enquanto a falta de assistência técnica para produção orgânica e a dificuldade de acessar mercados são citados como desafios frequentes.Referências
BONATO, Amadeu; ZOTTI, Cleimary; ANGELIS, Thiago. Tabaco. Da Produção ao Consumo: Uma cadeia de dependência. Curitiba: DESER, ACT-BR, 2010.
CEPAGRO. Diversificação Produtiva: alternativas ao cultivo de tabaco. Florianópolis: Cepagro, 2013.
MASCHIETTO, Fernanda. Diversificação Produtiva da Fumicultura no Alto Vale do Rio Tijucas: Opiniões e Expectativas de Fumicultores e Ex-Fumicultores. Relatório de Estágio do Master Agronomie et Agroalimentaire da Escola Superior de Agronomia de Montpellier. Florianópolis: Cepagro, SupAgro Montepellier, 2014.
PINTO, Marina Ferreira Campos. Caminhos da agrobiodiversidade: redes de troca de sementes em sistemas agroecológicos na Serra Catarinense, Alto Vale do Rio Tijucas, Santa Catarina. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2014.