Árvores de Dalbergia nigra podem ser consorciadas com pastagem sem prejuízo ao Melinis minutiflora

Autores

  • Gil Pedro de Oliveira LARA Universidade Federal de Lavras
  • Aroldo Felipe FREITAS
  • Rafael de Moura MIRANDA
  • Irene Maria CARDOSO
  • Fernanda CARVALHO
  • Diêgo Peña MARQUEZ
  • Luiza Figueira de SIQUEIRA
  • Fatima Maria de Souza MOREIRA
  • Nelson VENTURIN

Resumo

Desde 2006 a parceria entre as organizações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais da Zona da Mata de Minas Gerais, Centro de Tecnologias Alternativas e Universidade Federal de Viçosa tem assessorado famílias agricultoras sobre o tema criação animal. Mais recentemente, foi estabelecida colaboração com a Universidade Federal de Lavras. Um dos temas trabalhados pelos parceiros é a utilização de árvores nativas nas pastagens. Esse trabalho teve como objetivo verificar a influência de árvores de Dalbergia nigra sobre o acúmulo de nitrogênio, produção de biomassa, umidade do capim (Melinis minutiflora), umidade do solo e a distribuição de esporos de fungos micorrízicos arbusculares em solos de pastagens com M. minutiflora. Não houve prejuízo para a forragem e solo pelo consórcio com a árvore nas distâncias amostradas segundo os parâmetros avaliados. A ausência de efeitos negativos pode estimular que árvores sejam mantidas nas pastagens pelos benefícios de proteção aos animais, produção de madeira e lenha, frutos e pasto apícola.

Biografia do Autor

  • Gil Pedro de Oliveira LARA, Universidade Federal de Lavras
    Estudo Agronomia/UFLA em Minas Gerais. Participo do Grupo Puris, que trabalha com agricultura familiar e agroecologia estudando o uso de árvores nativas em pastagens. Departamentos de Solos, Ciências Florestais e Administração.

Referências

ANDRADE, C.M.S. et al. Árvores de Baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) em Ecossistemas de Pastagens Cultivadas na Amazônia Ocidental. Revista Brasileira de Zootecnia, v.31, n.2, p.574-582, 2002.

BONFIM, J.A. ET al. Fungos micorrízicosarbusculares (FMA) e aspectos fisiológicos em cafeeiros cultivados em sistema agroflorestal e a pleno sol. Bragantia, v.69, n.1, p.201-206, 2010.

CARDOSO, I.M. et al.Distribution of mycorrhizal fungal spores in soils under agroforestry and monocultural coffee systems in Brazil.Agroforestry Systems, v.58, p. 33-43, 2003.

CARVALHO, M.M. et al. Crescimento inicial de cinco gramíneas tropicais em um sub-bosque de angico-vermelho (AnadenantheramacrocarpaBenth.). Pasturastropicales, v17, p.24-30, 1995.

CENTENO, A.J. Curso de estatística aplicada à biologia. Goiânia: Centro Editorial UFG, 1990.

DIAS, P.F. et al. Leguminosas Arbóreas – Influência na Produção de Fitomassa e Nutrientes do Capim Survenola. Brasília: EMBRAPA, 2005.

FERREIRA, D. F. Manual do sistema Sisvar para análises estatísticas. Lavras: UFLA, 2000. 66 p.

FRANCO, F.S et al. Quantificação de erosão em sistemas agroflorestais e convencionais na Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, v.26, n.6, p.751-760, 2002.

FREITAS, A.F. et al. Produção animal integrada aos sistemas agroflorestais: necessidades e desafios. Revista Agriculturasv.6, p.30-35, 2009.

GERDEMANN, J.W.; NICOLSON, T.H. Spores of mycorrhizalEndogone

species extracted from soil by wet sieving and decanting. Transaction of the British

Mycological Society, v. 46, p. 235-246, 1963.

LORENZI, H. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Odessa: Plantarum, 2002.

MALAVOLTA, E. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípio e aplicações. Piracicaba: – POTAFOS, 1997.

Downloads

Publicado

2016-05-15

Edição

Seção

IX CBA 3. Sistemas de Produção Agroecológica.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3 4 5 > >>