Enriquecimento da cana-de-açúcar com fontes de nitrogênio em agroecossistemas do norte e noroeste do Paraná

Autores

  • Elisa Koefender Msc em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC
  • Marília Terezinha Sangoi Padilha UFSC
  • Dario Fernando Milanez de Mello
  • Giuliano Lumina UFSC

Palavras-chave:

cana-de-açucar, guandú, ureia, leucena, farelo de soja.

Resumo

A busca por volumosos em épocas de escassez de forragens que sejam economicamente viáveis faz da cana-de-açúcar uma forrageira em potencial, pois sua tradição nas lavouras e seu fácil cultivo faz com que seja difundida em boa parte do território nacional, principalmente na alimentação de ruminantes. Entretanto, seu baixo teor de proteína bruta é limitante como fonte exclusiva na alimentação animal. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar formas de enriquecimento da cana-de-açúcar com fontes de nitrogênio protéico e não proteico, visando aumentar o valor nutricional e utiliza-la como alternativa ao uso da uréia. Foram realizados dois experimentos, um no assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas-PR e o outro no Oziel Alves, em Santa Cruz de Monte Castelo-PR, norte e noroeste do Estado do Paraná, respectivamente. Concluiu-se que o Tratamento Uréia (TU) – cana-de-açúcar + uréia + suplemento mineral, a sacharina, é uma alternativa viável de enriquecimento para ser utilizada nos períodos de escassez de forragens. A leucena e o farelo de soja podem substituir a uréia na produção da sacharina. A leucena pode ser uma alternativa para locais em fase de transição e certificação agroecológica. Considerando as restrições do uso da uréia em processos agroecológicos, no segundo experimento procurou-se avaliar alternativas de suplementação da cana-de-açúcar somente com fontes de nitrogênio protéico disponíveis na região. Independente da fonte protéica utilizada sua inclusão proporcionou aumentos significativos nos valores de Proteína Bruta dos compostos. Os resultados obtidos indicam que é viável o enriquecimento com fontes de nitrogênio de leguminosas, diminuindo assim os custos nas pequenas propriedades rurais.

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Publicado

2013-10-07