Agroecologia e trabalho coletivo: A criação de uma associação de produtores no assentamento Conquista da Liberdade

Autores

  • Rodrigo Faccin UFSM
  • Laura Possani UFSM
  • Bianca Mendes UFSM
  • Carima Atiyel UFSM
  • Clayton Hilling UFSM

Resumo

Buscando superar o modelo tradicional e procurando construir um modelo alternativo, surge no assentamento Conquista da Liberdade, pertencente ao município de Piratini - RS, a proposta de criação de uma associação de produtores agroecológicos. Diante disso, o objetivo geral deste trabalho é descrever o processo de criação dessa associação, relatando as principais ações e caracterizando a produção dos agricultores. Para a efetivação do estudo foi realizado uma pesquisa exploratória, onde foi utilizada a técnica de observação, além disso, foram desenvolvidas entrevistas abertas com os agricultores. As metas estabelecidas pelos produtores, após a criação da associação, evidenciam desde questões de curto prazo, como estratégias de comunicação e divulgação até metas de longo prazo como o desejo de acessar mercados institucionais. A definição dos espaços de comercialização mostrou o interesse em organizar duas feiras próprias.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Faccin, UFSM
    Mestrando em Extensão Rural - UFSM
  • Laura Possani, UFSM
    Mestranda em Extensão Rural - UFSM
  • Bianca Mendes, UFSM
    Mestranda em Extensão Rural - UFSM
  • Carima Atiyel, UFSM
    Mestranda em Extensão Rural - UFSM
  • Clayton Hilling, UFSM
    Professor UFSM

Referências

Referências:

ALTIERI, M. Agroecologia: A dinâmica produtiva da agricultura sustentável. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998.

AQUINO, A. M. ASSIS, R. L. Agricultura orgânica em áreas urbanas e periurbanas com base na agroecologia. Ambiente & Sociedade. Campinas. v.x, n. 1, p. 137-150. jan-jun. 2007.

BRANDENBURG, A. Movimento Agroecológico: trajetória, contradições e perspectivas In: BRANDENBURG, A. (Org.). Desenvolvimento e Meio Ambiente: caminhos da agricultura ecológica, Curitiba: Editora da UFPR, n.6, 2002, p.11-28.

HESPANHOL, R. A. de M. Agroecologia: Limites e perspectivas In: ALVES, A. F.; CARRIJO, B. R.; CANDIOTTO, L. Z. P. (Org.). Território e Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Expressão Popular, 2009, p. 117-136.

Citações:

Para Altieri (1998), a agroecologia possibilita os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis. Nesse sentido, a agroecologia surge buscando ultrapassar as consequências ocasionadas pelo modelo marcado pela industrialização e pautando o desenvolvimento social e econômico, além de privilegiar a manutenção dos recursos ambientais.

Em função principalmente da baixa dependência de insumos, a agroecologia torna-se é um instrumento importante para proporcionar produções agrícolas em pequena escala organização familiar, que possibilitam a sustentabilidade dos agricultores familiares. Além disso, segundo Aquino e Assis (2007), proporciona acesso a mercados e formas de comercialização diferenciadas.

A produção de alimentos agroecológicos possibilita novas formas de comercialização, segundo Brandenburg (2002), onde se busca a venda direta ao consumidor, em feiras, eventos locais, venda na própria propriedade, entrega em domicílio, além de espaços estabelecidos por associações ou cooperativas de agricultores agroecológicos.

De acordo com Hespanhol (2009) a venda dos produtos agroecológicos geralmente é local, devido à pequena escala de produção, resultando em maior autonomia aos produtores. Para o autor a comercialização ganha maior força quando são organizadas as associações de produtores, que conseguem reunir um volume maior de produtos, estabelecendo expressivo poder de comercialização.

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Publicado

2016-05-15

Edição

Seção

IX CBA 1. Sócio biodiversidade e Território.

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