Por uma Agricultura Camponesa

Autores

  • Rodrigo Simão Camacho UFGD

Resumo

O objetivo deste artigo é o de demonstrar as diferenças existentes entre a agricultura produzida pelo agronegócio (agricultura convencional), enfatizando suas implicações sociais e ambientais, e a agricultura camponesa (agricultura agroecológica). A metodologia utilizada é o debate teórico com autores que discutem esta temática. Os impactos causados pelo agronegócio são sociais e ambientais. Isto porque existe um conjunto de elementos presentes neste modelo que são fortemente degradantes. A monocultura, característica do agronegócio, fragiliza a biodiversidade, colaborando no aumento de pragas, devido à homogeneização do ecossistema. O uso de agrotóxicos polui o solo e a água destruindo a nossa biodiversidade. O agronegócio organiza seu território apenas a partir da lógica econômica da mercadoria, por isso predomina a paisagem homogênea da monocultura, com seus agroecossistemas simplificados, com poucas pessoas e com pouca sociobiodiversidade. Ao contrário dos territórios povoados e das paisagens heterogêneas da agricultura camponesa que contemplam a sociobiodiversidade e os agroecossistemas complexos. A produção de alimentos é uma característica fundamental do modo de vida camponês que estabelece a interdependência entre terra, família e trabalho, e expressa uma moral entre os homens e a natureza. A troca e a reciprocidade entre os iguais divergem da lógica do negócio, da compra e venda do capitalismo. É por meio da produção de alimentos que se estabelecem laços de solidariedade e de sociabilidade com a comunidade.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Simão Camacho, UFGD
    LEDUC-FAIND-UFGD

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Publicado

2016-12-15

Edição

Seção

Agroecol 2016 - Sociedade e Natureza