Desenvolvimento inicial de espécies arbóreas em um Sistema Agroflorestal no Município de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul

Autores

  • Leila Tatiana Garcia UFGD
  • Zefa Valdivina Pereira UFGD
  • Alessandra Tadini UFGD
  • Gilberto Lobtchenko UFGD
  • Ana Paula Vieira UFGD
  • Milton Parron Padovan EMBRAPA

Palavras-chave:

SAF, crescimento de arbóreas, restauração.

Resumo

A restauração de áreas degradadas é um desafio para os pesquisadores da área ambiental, pois são necessários estudos detalhados de espécies, solos e processos ecológicos. Os sistemas agroflorestais (SAF’s) são uma alternativa tecnológica e sustentável de exploração dos recursos naturais, já que aliam a restauração florestal à diversificação da produção agrícola e pecuária. Este trabalho tem por objetivo avaliar o desenvolvimento inicial de nove espécies arbóreas em diferentes Arranjos Agroflorestais. O experimento foi com quatro tratamentos a saber: T1 - Nativas, T2 – Nativas + bananas, T3 – Nativas com bokashi e T4 – Nativas + bananas com bokashi, onde cada tratamento teve 4 repetições, em um total de 12 linhas. Nas entrelinhas utilizou-se abacaxi, feijão e milho. As variáveis observadas foram: mortalidade, altura e diâmetro do caule. Em relação ao crescimento em altura, as espécies Astronium graveolens e Tapirira guianensis obtiveram maiores resultados no T1 – Nativas; Handroanthus heptaphyllus e Myracrodruon urundeuva, no T2 – Nativas + bananas; Psidium guajava e Peltophorum dubium no T3 – Nativas com bokashi; Eugenia uniflora no T4 – Nativas + bananas com bokashi e Annona muricata obteve os melhores resultados nos T1 – Nativas e T2 – Nativas + bananas e por fim Malpighia emarginata nos T2 – Nativas + bananas e T4 – Nativas + bananas com bokashi. A taxa de mortalidade entre as 432 mudas foi de apenas 6,5%. A espécie Handroanthus heptaphyllus – Ipê foi a de melhor desenvolvimento não ocorrendo mortalidade.

Referências

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Publicado

2017-01-21

Edição

Seção

Agroecol 2016 - Manejo de Agroecossistemas Sustentáveis

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