Oficinas de Ervas Medicadas – conexões e desconexões do feminino na agroecologia
Resumo
Desde os pilares da ciência ocidental, dos princípios que fundam a civilização industrial, foram produzidas normas e estruturas que deslegitimam e marginalizam as concepções do feminino e seus significados. Desta forma, mulher e natureza são sujeitos subjulgados a partir das mesmas bases mútuas de dominação e exploração; entendidas como matérias subserventes à reprodução, ambas enfrentam problemas que se entrelaçam numa complexa rede de relações, sejam estas sociais, sejam estas ecológicas, porém ambas em crise. A experiência com mulheres "erveiras" busca retomar o real valor de conhecimentos mantidos tradicionalmente entre mulheres do campo, bruxas, agricultoras, benzedeiras/rezadeiras/curandeiras, cuidadoras, que simbolizam a resistência aos valores da cultura patriarcal. As oficinas realizadas por nós pretenderam retomar e visibilizar o papel central que estas vivências têm, enquanto estratégias, práticas de construir uma multiplicidade não-hierárquica a ser reconhecida por nossa cultura. Assim, para não concluir, os apontamentos aqui expostos apenas sinalizam alguns dos caminhos que já foram percorridos e outros que virão.Referências
DI CIOMMO, C. Regina. Ecofeminismo e Educação Ambiental. São Paulo, 1999
PULEO, Alicia. Feminismo y Ecologia, ano. Disponível em: http://www.cdd.emakumeak.org Acesso em 19 mar. 2015, 18:06
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Publicado
2016-05-18
Edição
Seção
IX CBA-Agroecologia / Relatos de Experiências