Diferentes modelos de cafeicultura de base ecológica e suas implicações nas características químicas do solo

Resumo

Este artigo tem como objetivo caracterizar as características químicas de solos de diferentes estilos de cafeicultura de base ecológica (organomineral, orgânico e agroflorestal) adotados pelos cafeicultores do município de Poço Fundo/MG. O Diagnóstico Rural Participativo (DRP) foi escolhido como ferramenta para o desenvolvimento da pesquisa de campo. As amostras de solos foram coletadas em agosto de 2009, no município de Poço Fundo, sul de Minas Gerais, uma das maiores regiões produtoras de café no Brasil. O solo de cada agroecossistema foi coletado em profundidade de 0-20 cm, com trado holandês, esse procedimento também foi realizado em um fragmento de mata secundária e uma lavoura de café convencional. A análise química do solo possibilitou a caracterização da fertilidade dos solos dos agroecossistemas estudados, bem como uma análise do efeito dessas diversas formas de manejo sobre as características químicas do sistema edáfico. Nos agroecossistemas cafeeiros orientados pela agricultura permacultural (sistema agroflorestal) e orgânico (a pleno sol) houve incrementos no pH e nos valores de Ca, Mg, CTC do solo, soma de bases, saturação por bases, e diminuição do Al trocável e acidez potencial, evidenciando maiores índices de fertilidade.